Por Carlos Roberto Husek, professor de Direito Internacional da PUC/SP e um dos coordenadores da ODIP – Oficina de Direito Internacional Público e Privado
“Ilusão que a minha alma coitada, hoje em dia de ilusão é que vive, é chorando minhas glórias passadas, é carpindo uns amores que tive”
Casimiro de Abreu
A vida dita real, a que nós enxergamos, é um castelo construído com cartas marcadas pelo egocentrismo humano, de algumas poucas cabeças que dominam o mundo.
Os mundos políticos, o militar, e mesmo o jurídico, que contornam o primeiro, fazem do dia a dia o que ele é, uma ilusão que se traveste em realidade, a ponto de pensarmos —pelo menos nós, acadêmicos e idealistas— que, tudo não passa de uma imagem social construída sobre o deserto de nossas intenções.
Os mundos políticos, o militar, e mesmo o jurídico, que contornam o primeiro, fazem do dia a dia o que ele é, uma ilusão que se traveste em realidade, a ponto de pensarmos —pelo menos nós, acadêmicos e idealistas— que, tudo não passa de uma imagem social construída sobre o deserto de nossas intenções.
Qual a realidade, da guerra entre a Rússia e Ucrânia, que começou com o ataque da Rússia —e todos se esquecem disso, pois transformaram a guerra, sem qualquer obtenção de paz, por exclusiva culpa da Ucrânia— que foi a que teve seu território atacado, contrariando todos os princípios e regras internacionais?
Qual a realidade da guerra de Israel e Palestina e de Israel e Irã, em que o início e o meio parecem também terem sido absorvidos pelo tempo, entre mentiras narrativas e crenças de ordem jurídica e social construídas ao sabor dos governantes e seus generais?
E todas as nossas forças policiais e todas as interpretações jurídicas e todos os conteúdos jornalísticos vivem e gastam rios de dinheiro em torno desses fatos!
O que fazer da vida comum, que deve ser vivida, com estudo, trabalho, desejos, família, ambições profissionais, saúde; o chamado bem-estar social, dever de todo Estado?
Ilusões. Vivemos delas e a única realidade que importa é aquela vemos, com os nossos olhos mortais, ávidos de drama e de violência.
Pois é, também perco meu tempo com tudo isso!
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