Por Carlos Roberto Husek, professor de Direito Internacional da PUC/SP e um dos coordenadores da ODIP – Oficina de Direito Internacional Público e Privado
Os organismos vivos se adaptam às condições da vida para sobreviver e a partir daí fazem conexões, quase nunca pensadas para a continuidade individual e da própria espécie.
Vivemos em um mundo em que tais organismos - nós mesmos - buscam, sem pensar, manter duas frentes de batalhas; a individual e a social, mas tais áreas não se conversam, porque estão a serviço de uma ordem maior ditada pelas regras do capitalismo moderno e das vantagens pessoais decorrentes do lucro, sem que haja consciência disso.
Em outras palavras, relacionamentos cegos ditados por normas invisíveis! O resultado de tudo isso é a deterioração da sociedade e do próprio, capitalismo, que vai sendo comido por um tumor invisível feito de suas próprias células.
O que virá depois disso? Um mundo melhor, talvez, ou a destruição da humanidade – guerras, ganância, incompreensões, objetivos individuais e egoístas, postos na manutenção do poder de um ou de poucos e aquilo que não gostaríamos, o cárcere das próprias razões, em uma morte orgânica, obscura e sem glória.
Há ainda uma possibilidade de salvação: o olhar e o pensamento crítico. Convido a todos para refletir!
