Por Carlos Roberto Husek, professor de Direito Internacional da PUC/SP, e um dos coordenadores da ODIP – Oficina de Direito internacional Público e Privado
Introito:
Um momento natalino,
rememorado,
sibilino.
Se Cristo estivesse vivo
ao escrever agora, supus,
seria crucificado
e morreria na cruz.
Um rei
que não tinha trono,
um rei
que não tinha cama,
um rei
que não tinha ouro,
um rei
que não tinha prata.
Envolvido
em panos,
branca espiritualidade,
porém tropas
de insanos,
a cavalos pela cidade,
ordens de
Nabucodonosor,
-“Matai
todas as crianças”-
será apenas
uma rápida dor,
em jogo, o
futuro das finanças,
este é o
aviso do grande ditador.
Mas aí
veio o imprevisível,
nasceu quem não podia,
pelas
mãos do invisível,
numa pobre estrebaria.
Um rei
que não tinha trono,
um rei
que não tinha cama,
um rei
que não tinha ouro,
um rei
que não tinha prata.
E somente
com seu sorriso,
trouxe um natural tesouro,
de perdão
e compreensão,
afastando
o mau agouro,
em eclosão.
As
mãozinhas delicadas,
desenhadas
de emoção
muitos
milagres, muita luz,
palavras,
bençãos em profusão,
mas os
anos foram passando,
e em processo viciado,
de
mentiras alimentado,
a
sentença veio de inopino,
esqueceram-se
do menino,
e o condenaram à cruz.
Os
soldados de Pilatos,
armas do poder,
impingiram-lhe
maus-tratos,
porque se atrevera nascer,
registrando-se
como Jesus.
E hoje
assim vivemos,
o bem e o
mal, luta aguerrida,
é o que,
por agora temos,
em nossa curta vida,
mas,
ficou para eternidade,
uma importante lição,
deixemos
de lado,
o poder e a vaidade,
para
sermos só coração.
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