O que resta
para o brasileiro,
algo velho
ou algo novo!
e um monte
de desconhecidos
sem lastros,
distantes do povo.
beneficiando
amigos e amores,
soldado de
si mesmo
de suas milícias
e pastores.
dentro de quatro
linhas,
tomando de
assalto,
ideias
peregrinas.
para
ministérios bandeados,
no mistério
da administração,
de joelhos e
acocorados.
deseducados
da educação,
e outros
mais que vieram,
na mesma retórica
lição.
impensável e
surpreendente ato,
como se coautores
fossem
do milenar
livro sagrado.
a tortura e a
falta de liberdade,
como um
progresso democrático,
de uma
sofrida sociedade.
a presos do
regime: insensível burrice,
nos
comentários jocosos,
representativos
de uma sandice.
Rui, estou
em decomposição!
“de tanto
ver triunfar as nulidades”
de nossa
adormecida nação!
precisamos
de uma sexta via,
nem vermelha,
nem preta, nem rosa,
ou será
apenas melancolia?
e a crença
de que o ser humano existe
neste campo
minado da iniquidade,
em que tudo
é sombrio e triste.
e outros que
desejam caminhos iguais,
só vejo
espinhos e não flores,
nos
discursos sepulcrais.
uma oração
de desespero,
ficarão, eu
sei, dispersos,
neste meu
lírico destempero.
quarta-feira, abril 06, 2022
Fazer versos é o que resta?
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