Guerra é uma expressão equívoca, com vários significados, além da análise se a guerra é o desforço físico e/ou há um estado de guerra, ainda que em tempo de paz. A guerra pode ser vista como a constatação de que não existe paz (guerra psicológica).
A imprensão que se tem é que a guerra seria apenas aquela clássica, retratada nos livros de história e nos filmes (as duas grandes guerras e algumas setorizadas - Oriente Médio) envolvendo Estados e políticas expansionistas. No entanto, falava-se em guerra fria, em guerra justa e guerra injusta, em guerra interna e guerra externa, e, por aí vai.
Por exemplo, a Síria está em guerra não só contra a Turquia (esta se desenha) e/ou contra os defensores da segurança regional (Otan, ONU), externa, mas em efetiva guerra interna, justa para o governo, que defende seu quinhão (manutenção do poder) injusta para os que desejam a libertação do jugo da família dos dominadores, porque perseguidos, mortos, mutilados.
Apesar de interna (no território do Estado sírio), a guerra posta importa na contrariedade a valores considerados universais, decorrentes da dignidade humana, e neste sentido, ultrapassa as fronteiras formais do Estado, põe em cheque a soberania, a cooperação entre Estados e os sistema regional e internacional de Direito. Vamos raciocinar.
Carlos Roberto Husek
Nenhum comentário:
Postar um comentário